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Data folha aponta liderança de pré-candidato do PRB na pesquisa em quatro de cinco cenários |
SÃO PAULO (SP) - Celso Russomanno venceria quatro dos cinco cenários eleitorais na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Pesquisa divulgada pelo Data folha mostra que o candidato do PRB lidera com 20% das intenções de voto, superando figurões do cenário político estadual e nacional, como Netinho de Paula (PCdoB), Soninha Francine (PPS), Paulinho da Força (PDT) e Fernando Haddad (PT). Na simulação com o ex-governador José Serra (PSDB) na disputa, Russomanno mantém o excelente desempenho e segue empatado com o tucano.
O Datafolha ouviu 1.092 eleitores entre os dias 7 e 9 deste mês. A dez meses da eleição, apesar do cenário completamente aberto, o resultado mostra que o PRB possui um candidato competitivo e que pode vencer a disputa na Capital paulista.
"Fica evidente que é hora de renovar em São Paulo. O povo quer o novo. Quem vive de passado é museu", comemorou, em seu Facebook, o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, assim que teve acesso aos números do Datafolha.
No sábado pela manhã, antes de divulgar a pesquisa, a Folha de São Paulo publicou uma reportagem parcial e tendenciosa afirmando que Celso Russomanno "rompeu laços com seu padrinho (Paulo Maluf) para se filiar ao PRB”, sigla nanica controlada por igreja evangélica.
A reportagem da Folha também tenta confundir o eleitor ao misturar a questão partidária com a ligação que alguns líderes do PRB têm com a Igreja, e afirma que Russomanno "cresceu numa família católica e tem um perfil distante do estilo de vida pregado pelos bispos".
"José Alencar (ex-vice-presidente do Brasil) era católico, assim como milhares de filiados do PRB. O partido é o partido. A Igreja é a Igreja. Uma coisa não se confunde com a outra", escreveu Marcos Pereira no Facebook.
Principais adversários
Para Marcos Paulino, diretor do Datafolha, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, ilustre desconhecido para 63% dos paulistanos, pode crescer nas pesquisas (hoje aparece com 4%) porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve usar seu capital político para catapultá-lo.
Haddad é o atual ministro da Educação e ficou em evidência nos últimos meses por ter inserido no material escolar de alunos de 6 mil escolas brasileiras o famoso 'kit-gay', que estimularia crianças e adolescentes ao contato homossexual, e que foi banido pela presidente Dilma Rousseff.
A presença de José Serra no pleito é incerta apesar de seu partido, o PSDB, querer içá-lo para mais uma disputa municipal. Mesmo com boa avaliação diante dos paulistanos, Serra registra sua maior rejeição de todos os tempos: 35%. Eleitores apontam como negativo o fato de Serra ter prometido que não deixaria a prefeitura em 2006 para concorrer ao governo de São Paulo. O tucano mentiu. Abandonou a cidade à própria sorte não cumprindo nem a palavra, nem o mandato.
Café com leite
Fica claro nos resultados dessa pesquisa que a população de São Paulo busca um nome novo para administrar o município, fora dessa edição moderna da política do "café-com-leite" (quando, na República Velha, Minas Gerais e São Paulo alternavam a presidência do Brasil).
O eleitorado aponta no sentido de escolher uma nova alternativa não limitada às disputas entre PT e PSDB, que usam a prefeitura paulistana apenas como trampolim aos governos estadual e federal. A quinta maior cidade do Brasil merece um projeto de governo, não somente um projeto de poder.
*O Datafolha informou que o registro da pesquisa no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é protocolado apenas quando o ano é eleitoral.
Por Diego Polachini
Foto: Ascom PRB/SP
Postado por: Paulo Henrique (PH)