domingo, 5 de fevereiro de 2012

Cenário eleitoral de Florianópolis para 2012 continua em aberto



A menos de cinco meses do prazo para a definição das candidaturas, o cenário pré-eleitoral em Florianópolis segue em aberto. Nos bastidores, os partidos conversam, mas a principal incógnita é saber se o prefeito Dário Berger (PMDB) e o governador Raimundo Colombo (PSD) estarão na mesma trincheira ou em lados opostos da disputa.

Desde o final do ano passado, ganha força as especulações sobre uma chapa com César Souza Júnior (PSD) e João Amin (PP) como vice, já que as conversas entre os dois partidos são consideradas avançadas. Como partido recém criado, o PSD tem problemas práticos para resolver como, por exemplo, tempo para a propaganda eleitoral na TV. A amarração com um partido forte como o PP resolveria esta questão, além de se tratar de um antigo aliado e poder ajudar na composição de uma nominata mais robusta para a Câmara de Vereadores.

O PP tem como principal nome a ex-prefeita Angela Amin, que lidera as pesquisas já publicadas. Mas a derrota na disputa pelo governo em 2010, fez com que passasse a defender a construção de uma aliança mais ampla, o que facilitaria uma aliança com César Souza Júnior. No caso de não fechar questão com o PSD, o PP mantém conversas também com outros partidos, como PSDB. DEM e PCdoB.

A proximidade do PSD e PP, que praticamente acaba com as chances da reedição da tríplice aliança na Capital, irritou o prefeito Dário Berger, que considera o acordo uma "traição", já que o PP é seu principal adversário político. Dário chegou a conversar com Colombo para pedir a intervenção do governador para fechar uma aliança do PMDB com o PSD, o problema é saber que abriria mão da cabeça de chapa. O PMDB tem como pré-candidato o secretário municipal Gean Loureiro, que lançou seu nome, no mês passado, em um ato na casa do vice-governador Eduardo Pinho Moreira. O gesto teve como objetivo acabar com as especulações em torno da candidatura do peemedebista.

Junto com Gean, dentro do próprio PMDB municipal já circularam como possíveis candidatos os nomes dos secretários Rodolfo Pinto da Luz (Educação), Vinícius Lummertz (Turismo) e José Carlos Rauen (Desenvolvimento Urbano). Além disso, eram crescentes as especulações sobre a possibilidade do partido abrir mão da candidatura em uma composição com o PSD. No entanto, Gean deu uma demonstração de força durante o ato de lançamento da candidatura, levando 40 pré-candidatos a vereador pelo PMDB e com apoio fechado do PDT, PTB e PHS.

No campo das esquerdas, um nome de destaque é o da deputada estadual Angela Albino (PCdoB), que mantém conversas com os partidos da base aliada do governo federal. Com a experiência da eleição municipal passada, Angela Albino sabe que precisa de uma coligação forte para dar suporte a sua candidatura. O PT é o alvo principal, mas os comunistas têm canais abertos também com PR, PRB e até com o PP. O PT, por sua vez, chegou a ter quatro pré-candidatos (José Frisch, Milton Mendes, Márcio de Souza e Ricardo Baratieri) e marcou prévia para o final de janeiro.

Com a desistência de três lideranças, Baratieri é o único pré-candidato no momento, mas a tendência é que a sigla aposte em uma composição. As lideranças afirmam que estão mantendo aberto o leque de alianças, principalmente em conversas com o PCdoB e PMDB.

Correndo por fora estão o vice-prefeito João Batista Nunes (PSDB) e o empresário Doreni Caramori (DEM). Nunes filiou-se ao PSDB no passado como o nome do partido para disputar a Prefeitura. Os tucanos de Florianópolis garantem que o partido lança chapa própria, mas a sigla é cobiçada tanto pelo PSD, como o PMDB e PP. Caramori também se filiou ao DEM no ano passado e é uma das apostas para reestruturar o partido depois da saída das principais lideranças para fundar o PSD. O presidente da Acif foi lançado como pré-candidato, mas é possível que o DEM acabe fechando alguma aliança, já que o partido é cobiçado pelo PP, PSDB e PMDB.

Em busca do sucessorA eleição deste ano pode ser considerada vital para o projeto político do prefeito Dário Berger. Bancando uma candidatura e fazendo o sucessor, Dário praticamente se firma como o nome do partido para a disputa do governo em 2014. Saindo derrotado, o prefeito enfrentará uma resistência muito maior, principalmente pelo fato de ter que amargar dois anos sem mandato. Por isso, a tendência é que Dário aposte todas as suas fichas neste projeto, destacando realizações como os elevados da Seta e Rita Maria e a experiência com as policlínicas.

Tirando o time de campoAs costuras políticas para a eleição na Capital estão sendo acompanhadas de perto pela cúpula nacional do PT. Vendo o diretório municipal encaminhar-se para uma prévia, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), chamou o vereador Márcio de Souza para uma conversa em Brasília e este acabou tirando o nome da disputa. No início da semana, Ideli esteve em Florianópolis, quando se encontrou com Eduardo Pinho Moreira e Dário Berger.

A série de reportagensNo ano em que os eleitores voltarão às urnas para decidir os futuros prefeitos, os partidos começam a se articular para lançar candidatos que caiam no gosto das comunidades e agradem as alianças formadas para alavancar as candidaturas. 

O Diário Catarinense lança uma série, de domingo a quarta-feira, sobre os atuais cenários políticos nos 20 maiores colégios eleitorais do Estado. 

A ideia é dar um panorama dos possíveis arranjos que influenciarão as campanhas em 2012.
Por: Natália Viana - natalia.viana@diario.com.brFonte: Diário Catarinense
Parabéns ao Jornal Diário Catarinense pela brilhante reportagem. Penso que a "briga" pelo poder em 2012/2014 tem um "round" decisivo na capital. O PT que até o momento está como um "zumbi", se vê obrigado a atuar como "coadjuvante" de forças políticas, que antes eram seus adversários históricos.
O PMDB é o "dono da cocada preta". Os caciques irão decidir se dividem ou não o poder, projetado por eles para 20 anos. O PSDB é "balão de ensaio". O PP tem o "nome do casal" em seu quadro politico, o que o põe de maneira natural em qualquer disputa política no estado, porem, a exemplo de 2010, a tendência é naufragar sozinho.  
O PSD como o novo (?) partido, aglutina a força politica de "família poderosa", e por isso, deverá ser a opção, em "nome da governabilidade". Não estando descartada a chamada "poli-aliança", com o PSDB, PMDB e o PP.
As "fichas" estão na mesa...a candidatura do PCdoB decola? Se os interesses da nacional não sobrepor o projeto estadual, tem boas chances....o tempo dirá, ele é o "senhor" da razão.
Forte Abraço
Paulo Henrique - PHVice-Presidente EstadualCoordenador Regional da Foz do Rio Itajai

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