Presidente do Diretório Nacional, Waldemar da Costa Neto, "impõe" o vice-prefeito Ingo Butzke presidente provisório.
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Dr. Xuxo, Waldemar da Costa Neto e José Carlos Vieira num encontro no início do ano em Brasília
O diretório nacional do PR interveio ontem no partido em Joinville para que a sigla apoie o projeto de reeleição do prefeito Carlito Merss (PT). Em Joinville, o partido ensaiava candidatura própria a prefeito com José Aluísio Vieira (Dr. Xuxo) na cabeça de chapa.
A intervenção foi protocolada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob a determinação do coordenador nacional do PR, Waldemar da Costa Neto. Além da intervenção, o diretório nacional do PR nomeou provisoriamente o vice-prefeito Ingo Butzke presidente do partido em Joinville, destituindo Xuxo do cargo. Segundo Ingo Butzke, a intervenção se justifica pelo fato de Xuxo não ter obtido bons resultados nas pesquisas eleitorais. Ele alega que foi mantido o acordo de seis meses atrás do apoio do PR ao PT. “A intervenção é para assegurar que o PR tenha condições de realizar um bom trabalho na campanha, principalmente na eleição de seus candidatos a vereador”, comentou. Ingo disse também que a convenção marcada para o dia 29 de junho será mantida, quando deve ser homologado o acordo com o PRB e PCdoB na proporcional (eleição para vereadores). “Já conversei com as lideranças do PRB e do PCdoB. Não teremos problemas de acertar um acordo na convenção”, garantiu. Xuxo anunciou que comunicará a intervenção às comissões de ética do PR estadual e nacional e exigirá providências. Ele também acionará o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que tenha garantido o direito de disputar a eleição. “Vou até o fim e já acionei os advogados em Florianópolis. Isso é terrorismo e não admito o desrespeito com a democracia”, comentou.
Xuxo admite que defender candidatura própria não é desculpa para a intervenção, e cita que em São Paulo o PR apoiará o PSDB. “O mesmo acontece em Criciúma com o PSDB recebendo o apoio do PR. Em São Francisco do Sul e Itajaí, o PR apoiará o PP. São exemplos de que Joinville não pode ser considerado um caso isolado”, argumentou.
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