Política sem corrupção é possível ~ PRB/SC

Deputado estadual, Edson Praczyk PRB/PR

Em seu quarto mandado como deputado estadual, Edson Praczyk consolidou sua fama de homem prático, de quem deixa de lado a teoria para arregaçar as mangas e transformar discurso em ação. Por isso, em vez de só pregar uma nova forma de fazer política, tornou-a realidade. Seja com o respeito ao mandato eletivo outorgado pelo cidadão, identificando-se como o parlamentar com menos faltas e um dos mais atuantes na Assembleia Estadual; seja defendendo medidas de transparência e preocupação com recursos públicos. O filho de pintor e de costureira, formado em tecnologia, profissional da Comunicação e pastor por vocação, transformou-se de um ilustre desconhecido a um político reconhecido, por estar ligado a mudanças que eram exigidas pela população de um estado que se destaca como um dos mais politizados do País: o Paraná. Praczyk continua sua tarefa, priorizando propostas e ações ligadas ao respeito à família e ao ser humano. “Afinal, ser 10 é ser a diferença”, explica, sempre pragmaticamente

1 - Quais suas expectativas no Paraná diante do desafio proposto pela executiva nacional de ampliar o número de vereadores e prefeitos?

Edson Praczyk - Todo o partido que se quer grande, que planeja sua identificação com parcelas cada vez maiores da população, tem de ter a ambição de crescimento. Daí nosso objetivo de ampliação em todos os municípios. Estamos com candidatos em 250 cidades e o número de integrantes da sigla continua crescendo. Interessante que esse crescimento começou com objetividade, mas sem ambições desmedidas. Com poucas expectativas, por exemplo, em eleições majoritárias, dando muito mais enfoque para a preparação de nossos quadros. Acontece que, em muitos lugares, nos tornamos a principal opção devido à nossa capacidade de diálogo e às nossas propostas políticas. Veja o exemplo de Londrina, a terceira maior cidade da Região Sul do Brasil. No local, temos um quadro extremamente qualificado, que acabou atraindo a atenção de outros partidos e se consolidando como um dos nomes mais fortes para as próximas eleições. Então, sem modificarmos nossa pretensão de termos quadros qualificados e preparados, hoje vamos lançar candidaturas em 250 municípios. Em algumas regiões, só candidaturas proporcionais. Em outras, proporcionais e majoritárias. Em alguns casos, a chapa será puramente republicana.

2 - A atuação da militância será fundamental para conseguir esses objetivos, como o senhor avalia a militância em seu estado?

Edson Praczyk - O partido tem crescido muito, principalmente em grupos temáticos, como o PRB Jovem e o PRB Mulher, com atuações de destaque. Acredito que é devido a esse crescimento, que motiva a militância e faz com que ela seja uma das mais ativas do universo político local, é que somos uma sigla jovem, que agrega e que traz, em sua formação histórica, um nome como o do vice-presidente José Alencar. Além disso, somos abertos à contribuição de nossos filiados. Seja por meio da internet, seja pelo acesso aos gabinetes. Aqui o militante sente que tem voz, que tem participação ativa. Isso atrai e consolida a militância política.

3 - O PRB é um partido novo, com o propósito de se desvincular das velhas práticas políticas. O cidadão paranaense está preparado para essa mudança?

Edson Praczyk - Com certeza. Sem menosprezar os demais estados, acredito que até pela realidade do Paraná, como uma das unidades federativas mais politizadas, onde todo cidadão, de qualquer classe social, faixa etária e etnia participa e gosta de debates políticos, aqui as propostas políticas que surgirem mas ficarem restritas ao ambiente do gabinete não terão vazão. O cidadão paranaense gosta de participar da vida política. Gosta de dar sugestões, ideias, criticas e de pedir socorro, em casos pontuais, ao seu parlamentar. Se existe um estado maduro para uma nova forma de fazer política, sem dúvida este é o Paraná.

4 - Quais os planos para seu futuro político?

Edson Praczyk - A exemplo do corpo humano, eu acredito que a política tem de ser feita em cima de duas pernas, de forma a se manter sustentada. Estou em meu quarto mandato. Isso me deu experiência e bagagem, que procuro passar aos novos membros do partido. Isso se transformou em um diferencial, já que siglas antigas, muitas vezes, se escoram em seus fundadores que, por sua vez, dificultam a transmissão dessa experiência para os novos filiados. Isso é ruim, pois afasta esses novos filiados, que não conseguem identidade com a sigla e são impedidos de crescer no partido. Evito esse erro. Toda minha experiência como presidente regional do PRB é no sentido de abrir as portas do partido, possibilitando que nosso filiado participe de todas as discussões, das mais simples sobre o dia a dia partidário até ensaios sobre planos de governo. Meu objetivo pessoal, como político, fica em segundo plano diante de minha maior ambição, que é consolidar o PRB como a maior referência política do estado do Paraná.

5 - De que forma essa sua experiência anterior pode colaborar nos novos desafios da vida política?

Edson Praczyk - É muito fácil falar em nova política, o difícil, muitas vezes, é vivenciá-la e praticá-la. Estou em meu quarto mandato e desde que fui eleito pela primeira vez, como deputado estadual (aliás, eu sempre fui candidato a deputado estadual), sou o mais presente em plenário. Tive 100% de presença no primeiro mandato, 99% nos segundo e terceiro mandatos. Agora estou com 100% de novo. Além disso, tenho um percentual acima da média de apresentação de propostas na Assembleia. Nosso mandato ainda foi construído em cima de propostas que buscaram recuperar a imagem da assembleia estadual, que, infelizmente, também estava contaminada. Para conter o desgaste, ajudamos a transformar a assembleia, com o objetivo de fazer dela um modelo para o resto do País. Abrimos mão do voto secreto; os deputados estaduais não usam carros oficiais; adotamos o painel eletrônico e a transparência total de nossas ações no site. Com isso, recuperamos a imagem da classe política local. Esse era um desafio mais do que necessário, pois presenciamos os políticos serem transformados em sinônimo de corrupção. A política não é umbilicalmente ligada à corrupção. Existem políticos corruptos, como existem advogados, juízes, delegados, jornalistas. A corrupção, infelizmente, faz parte do ser humano. Nas entrelinhas, o que queremos é mostrar que é possível se envolver em política sem se envolver em corrupção. Estou em meu quarto mandato e é o que tenho mostrado.

6 - A política é uma questão de fé?

Edson Praczyk - A vida é uma questão de fé. Sem fé você não levanta da cama para ir ao trabalho. É claro que há os que concentram a fé em sua forma negativa e os que a tem de forma positiva. É desses últimos que nós nos aproximamos e é com estes que contamos para fazer a política republicana que pretendemos.

7 - Quais as prioridades para o PRB no seu estado?

Edson Praczyk - Há as prioridades da vida política partidária. Meu sonho era poder conciliar mais minhas atividades de parlamentar com as de presidente da sigla. Poder viajar mais pelo estado e ouvir as necessidades dos correligionários. Queria individualizar mais as visitas que são muito corridas. Enfim, queria mais tempo. Depois disso, a prioridade do PRB é dar ainda mais maturidade política ao nosso grupo, fomentar e obter recursos que racionalizem nossas operações, além de facilitar a logística e poder oferecer com maior frequência cursos e ações de preparação política para nossos novos militantes. O PRB cresceu muito. Temos muitos diamantes brutos entre nossos novos filiados. Mas, como diamantes brutos, eles precisam e devem ser lapidados, para poder brilhar com todo seu potencial na vida política do estado do Paraná e também, por que não, nacionalmente.

8 – E as prioridades para o estado?

Edson Praczyk - São as prioridades da cidadania. Infelizmente, ainda somos carentes na área de segurança e saúde. Também na geração e capacitação de empregos. Esse último ponto é um destaque em todas as nossas reuniões. Não basta apenas ter postos de trabalho e ocupa-los, temos que ter a preocupação em garantir o desenvolvimento do trabalhador naquela vaga e o incentivo para que ele revele todo o seu potencial. Precisamos investir em mais cientistas e mais técnicos. Precisamos incentivar o uso da capacidade intelectual de nosso povo. O País melhorou muito. Essa mudança começou, inclusive no governo FHC. Foi potencializada com Lula e acho que vai ser ainda mais incrementada com Dilma. Independentemente de quem for o autor da proposta, essa contará com o apoio republicano na busca pelo nosso crescimento e desenvolvimento. Costumo dizer, “não importa se quem fez o gol o fez de barriga, com a mão ou na banheira. No final, o que queremos é vencer o jogo contra a pobreza, o desemprego, o subdesenvolvimento”.

9- Para um partido fazer alianças com o PRB no Paraná, existem condições? Quais seriam?

Edson Praczyk - Esse partido deve estar imbuído da mesma filosofia que permeia nosso programa: a supervalorização do ser humano, do cidadão. Existem vários partidos que formulam seus programas com várias diretrizes, mas que se esquecem do fundamental: o cidadão. O partido republicano brasileiro não abre mão dessa prioridade. O segundo ponto principal é a família, como núcleo de toda a sociedade. Como base de resgate de valores que só podem promover o bem comum e a união. Temos buscado o resgate desses princípios e as siglas que porventura acreditarem nesses dois pontos serão bem-vindas nessa caminhada e na aliança de enfrentamento dos desafios políticos que virão.

10 - Ser 10 para o senhor é...

Edson Praczyk - Ser a diferença.

Paulo Gusmão - PRB Nacional
Por: Paulo Henrique (PH)
Vice-Presidente PRB/SC