terça-feira, 29 de novembro de 2011

"O mandato parlamentar é para servir".

Coordenador da CR10 da Foz do Rio Itajai PH
Paulo Henrique Ferreira é um carioca que reside em Itajaí, Santa Catarina. É um idealista que acredita na recuperação do ser-humano. Flamenguista por nascimento, republicano brasileiro por convicção e um eterno aprendiz. Ele é casado há mais de 26 anos com Susana Ferreira e pai de três filhas. 

PH, como é conhecido, milita na política desde 1997 quando começou sua trajetória politica ainda no Rio de Janeiro, atuando em partidos de diferentes ideologias como o PP, o PL (Hoje PR), o PSL, o PMDB, o PTdoB, o PDT, o PSB, o PTB e o PRB , mas sempre no mesmo grupo segmentar. No RJ pode conviver com grandes ícones da politica regional e nacional como a advogada Kathia Koslowiski e o senador Marcelo Crivella que PH considera um estadista. Um homem que nasceu com a missão de servir ao povo, ensinado com suas ações o verdadeiro sentido da pública na politica: "O mandato parlamentar é para servir".

Neste 14 anos de militância, esteve como Assessor Parlamentar, Chefe de gabinete (Assembléia Legislativa), Assistente parlamentar (Senado Federal) e Coordenador Municipal de Governo. Atualmente está como Vice Presidente Estadual e atua também como Coordenador do Partido Republicano Brasileiro  na Região da Foz do Rio Itajaí no litoral de Santa Catarina e colabora com o quadro de entrevistas que este Blog faz com todos os Coordenadores, presidentes municipais e lideranças do PRB/SC:

BLOG: Qual a analise que o senhor faz do PRB em Santa Catarina nos últimos dois anos após sua chegada e que ações que serão tomadas daqui pra frente?

PH: Assim como todo partido politico, o PRB tem sua base segmentar. O PT, por exemplo, é oriundo das CEB"s - Comunidades Eclesiais de Bases e das Pastorais Católicas; meu pai foi um dos fundadores do PT no RJ. Nós pertencemos a um desses grupos segmentar. Em dezembro de 2008, a nacional iniciou o "Projeto de Nação", onde entre outras coisas de fórum interno, precisávamos eleger deputados federais nas principais federações. Santa Catarina foi um dos estados escolhidos e iniciado o trabalho. 

Estávamos no estado do Rio de Janeiro como assistente parlamentar do senador Marcelo Crivella e ficamos honrados em sermos convidado pelo Coordenador Geral do estado bispo Jerônimo Alves para contribuir com o processo. Penso que pelo  fato de ter residido em Santa Catarina de junho de 1999 a janeiro de 2003, tenha sido um fator determinante no convite. Naquela oportunidade convivi com grandes companheiros como o doutor Luiz Viegas, hoje no PDT.

Fazendo uma reflexão e análise do trabalho realizado no Partido nestes últimos 30 meses, penso que o PRB em Santa Catarina tem a sua força política demasiadamente segmentada. Considero este, o nosso maior desafio no momento: Descentralizar o partido do segmento, para que daqui a outros 30 meses, tenhamos uma realidade politica diferente. As ações a serem tomadas é prerrogativa legal do novo presidente, como vice-presidente, estarei sempre pronto a contribuir.

BLOG: O senhor fala em descentralizar para alavancar um crescimento futuro. É algo desafiador. E como isso será feito?  

PH: No Rio de Janeiro participei ativamente da formação do PRB no Brasil, foi como a gestação de um filho que vimos nascer, e aqui em Santa Catarina estamos tendo a oportunidade de contribuir na sua formação e crescimento. Penso que, do saudoso "Zé Alencar", até o presidente do município mais simples, todos nós temos uma parcela de paternidade para com o partido. Pode parecer estranho mas este é o meu sentimento, e o que procuro disseminar a todos.  Penso que somos parte do processo e não o juiz, e que a nossa contribuição política, se grande ou pequena, não deve trazer benefícios para nós, e sim para as gerações futuras,  este é o verdadeiro sentido da vida pública. Aqui no estado, um dos primeiros passos significativos, foi Idealizarmos em consenso com toda a estadual a criação das CR10 - Coordenações Regionais do PRB nos moldes da FECAM - Federação Catarinense de Municípios que, divide os 293 municípios em 21 Associações, começando da Região da Grande Florianópolis até a Região do Extremo-Oeste do estado. Isto é desafiador sim, e o resultado virá a médio prazo. Somos avaliados de 2 em 2 anos, a cada eleição. 

BLOG: As "CR10s", além de ser uma ação audaciosa é desafiadora. Qual o seu objetivo?


PH: O desafio é o combustível que precisamos para alcançarmos os nossos objetivos. No caso das CR10 o objetivo principal é o "fomento" politico da identidade do partido e do Projeto de Nação do PRB em todos os municípios catarinenses, para que em um futuro próximo, o PRB tenha base política para lançar candidaturas a deputados estaduais, deputados federais,  senadores, prefeitos e vice-prefeitos por suas regiões. 

A Ação visionaria das CR10, coordenações regionais, busca, o possível voto em lista em 2014, onde teremos que obter o Quociente Eleitoral de 70.000 votos ou mais para eleger um deputado estadual e 120.000 votos ou mais para um eleger o deputado federal, ou seja, precisaremos de base eleitoral e muitos de nossos candidatos a vereador, uma vez, eleitos por diferentes seguimentos da sociedade, poderão contribuir com o projeto de nação, cedendo seus nomes a nominata do PRB. O resultado virá a médio prazo, mas a base sólida é parte fundamental do processo.

Na CR10 da Foz do Rio Itajai por exemplo, o PRB está presente nos 8 dos 11 municípios da região: Itajai, Balneário Camboriu, Navegantes, Porto Belo, Camboriu, Bombinhas, Penha e Itapema, restando Luiz Alves, Balneário Piçarras e Ilhota para fechar a região. Em Itajai, onde tenho meu domicilio eleitoral, em 2009 o PRB tinha 97 filiados. Estávamos na presidência municipal e desencadeamos uma corrente forte de filiação e passamos para 315 filiados em 2010, um crescimento de mais de 200%. Em março de 2011 o Beto Pacheco assumiu a presidência e começamos a garimpar de forma ideológica e partidária nomes para a eleição de 2012. em quase 10 meses de trabalho, temos uma boa nominata com mais de 30 nomes para vereador e um candidato majoritário a prefeito.

BLOG: Então na sua opinião, faltou trabalho, articulação politica nas gestões anteriores ou haviam outros interesses?

PH: A politica em Santa Catarina estava desacreditada externa e internamente. Não me convem criticar as gestões anteriores, meu foco é e sempre será o melhor para o PRB, mas para concluir meu raciocínio e o leitor tirar suas conclusões, antes da nossa vinda para o estado, os "acordos políticos" eram feitos com a pessoa física (candidato) e não com a jurídica (sigla). O que, consequentemente traziam sequelas para o partido. Em muitas cidades fazia-se bons acordos políticos e partidários pelas municipais, mas no apagar das luzes, mudava-se esses acordos através de ordem direta da estadual, o que literalmente descredenciava as municipais perante as lideranças partidárias. Essas arbitrariedades irresponsáveis trouxe graves consequências politicas, o PRB ficou rotulado como "sigla de aluguel", ou partido de "fulano e beltrano". Nas eleições de 2006, por exemplo: Um ano após a fundação do PRB no estado, tínhamos em nossas bases 4 vereadores oriundos do antigo PL - Partido Liberal, sendo estes de 3 segmentos diferentes, e 2 deles de diferentes grupos políticos. Por imaturidade , lançamos candidaturas únicas a deputado federal e estadual, que resultou na eleição do estadual e a 1ª suplência de deputado federal, sendo ambos do mesmo grupo político segmentar. Contra os fatos não há argumentos.


BLOG: Para um crescimento politico isso não é bom. Então todos os votos eram oriundos de um determinado grupo ou segmento?


Sim e quero deixar bem claro que nós pertencemos a um seguimento por chamado vocacional, e temos orgulho disto,  mas o "quadro" que vimos "pintado" ao chegarmos no estado, era a continuação da série "Jogos Mortais". Mesmo com todo o monitoramento do grupo segmentar detentor dos votos, o PRB era um partido de fachada no estado, infelizmente usado como moeda de troca para projetos pessoais. 


Este fato em questão, nos revela que nos últimos anos de vida política do PRB em Santa Catarina, determinados grupos políticos segmentares, indicaram candidaturas únicas nas eleições proporcionais municipais e estaduais, entretanto e infelizmente, em muitos casos, esses representantes têm carência de habilidade política, e sobretudo total falta de comprometimento com os ideais do partido, de maneira que, em alguns casos, essa representatividade segmentar, quando eleita pela força do grupo que representava, e uma vez detentora do mandato, não se apresenta como liderança  política partidária que defenda os ideais do partido e a população em geral, mas sim o interesse exclusivo deste determinado grupo que o elegeu e o que é pior, de seus projetos pessoais, passando a fazer oposição dentro do partido, o chamado "Fogo amigo", visando unicamente  sua reeleiçãoTalvez falte a estes representantes, habilidade, responsabilidade e maturidade política para se fazer entender dentro do segmento e que o mandato parlamentar é do partido, e por consequente, é para servir e não para ser servido. 

Tínhamos missão de inserir o estado no "Projeto de Nação do PRB" idealizado pela Executiva Nacional e fomos ao trabalho. Baseados nas informações de quem aqui estava, lançamos 4 candidaturas a estadual de diferentes grupos segmentares, uma única a federal e de forma inédita uma suplência ao senado, dando neste ato, uma nítida demostração de visão partidária. Buscamos sobretudo, uma coligação, que possibilitasse a eleição dos candidatos proporcionais do PRB.

BLOG: Neste caso, a coligação com o PT foi a mais viável para o projeto nacional. Gostaríamos que o senhor fizesse um balanço da eleição em 2010?


PH: No andamento da pré-campanha, nossos cálculos indicavam que precisaríamos de 65 a 70 mil votos para eleger o federal, entretanto a "dona urna" no mostrou uma realidade diferente da que planejamos, uma realidade com votação regionalizada. Das 105 comissões provisórias, 62 cidades, não entenderam o pensamento republicano brasileiro e o projeto de nação, uma vez que, foram omissas com a candidatura única do deputado federal, revelando um total descomprometimento politico e partidário com a sigla. Fizemos 50% dos votos projetados, foram 35.556 votos e a 3ª suplência da coligação "A Favor de Santa Catarina". 

BLOG: Um acordo nacional em apoio a um determinado candidato prejudicou a campanha aqui no estado?

PH: Para nós do PRB de Santa Catarina, até então com os votos segmentados, não foi novidade o que os especialistas políticos creditaram como fato novo nas eleições. Falda candidata evangélica Marina Silva como opção de voto útil, baseado no voto cristão: Em defesa da vida e da família.

Penso que, o que houve foi uma "total desconsideração" do partido majoritário com o segmento evangélico, principalmente em Santa Catarina. Marina Silva, não sinalizou para o voto evangélico no inicio de sua campanha, preferiu focar na marca da sustentabilidade ambiental e na agenda do século 21O candidato Serra (PSDB), no primeiro turno, não arriscaria defender abertamente uma posição do segmento evangélico, temendo ressuscitar a questão segmentar: Evangélicos X católicos, e com isso descer ainda mais nas pesquisas. 

No segundo turno, a visão foi outra: Foi o famoso vale tudoOs senadores evangélicos Marcelo Crivella (PRB/RJ), Magno Malta (PR/ES) e Walter Pinheiro (PT/BA) foram "convocados" para percorrerem o Brasil em visita as suas bases segmentar. A missão era desmentir os boatos publicados na internet sobre a então candidata Dilma. A coordenação da candidata (Dilma) em Santa Catarina, convocou o PRB e outros partidos com apoio do segmento evangélico  para dar sustentabilidade de última hora, nesta questão. O que o fizemos sim e o faremos quantas vezes for necessário, mas por questão de "fio de bigode".

Não posso deixar de registrar aqui, o meu desconforto com a situação, uma vez que, penso que se tal medida tivesse sido realizada  antes do 1º turno, certamente garantiria, senão a eleição dos nossos candidatos proporcionais, com certeza, uma votação mais expressiva, visto que, muitos de nossos votos segmentados foram para candidatos que apoiaram Marina Silva para presidente e Raimundo Colombo para governador, uma vez que ambos obtinham candidatos a deputados evangélicos em suas coligações. 

BLOG: Como o partido sobreviveu a tudo isso?


PH: O PRB em 2010, saiu das urnas com um resultado que expôs a realidade da sua militância no estado. A não reeleição do estadual e a 3ª suplência do federal, revelou que havia muito o que fazer, para que a médio e longo prazo Santa Catarina, chegue nos patamares de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e etc. Nos restou juntarmos os cacos e irmos a luta. 

Com 34 Comissões Municipais, inicia-se, uma nova fase do PRB no estado. São estabelecidas metas e diretrizes que agregaram direitos, deveres e obrigações. Diversas lideranças de outros partidos, migraram para o PRB objetivando as eleições de 2012, selando o compromisso politico e partidário com a sigla. 

BLOG: Agora fale do partido hoje, sua projeção e meta para 2012/2014?

PH: Consolidando o planejamento estabelecido pela Estadual de estar presente em 50 cidades, o PRB superou as expectativas, pois mesmo com o assédio de grandes partidos, e sobretudo do novo partido, registrou apenas 1 baixa previsível e está presente em 60 cidades, e em muitas delas terá candidaturas proporcionais e majoritárias.

BLOG: O que é ser 10? Suas considerações finais:

Ser 10 é ter valor na moralidade, sem ter um preço na legalidade, ser 10 é lutar para que haja ordem e progresso com educação e trabalho, ser 10 é fazer política pensando nas gerações futuras, ser 10 é ser filiado ao PRB por convicção. Sinto-me honrado em ter servido a cada militante, a cada filiado do Partido Republicano Brasileiro no estado, coloco-me a inteira disposição do partido o meu nome como um bom soldado para combater o bom combate.




Por: Assessoria de imprensa PRB/SC
Foto: Cedida

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