Vice-Presidente Estadual PH |
É momento de reflexão e análise do nosso trabalho realizado no Partido Republicano Brasileiro nestes últimos 30 meses. Penso que o PRB em Santa Catarina tem a sua força política demasiadamente segmentada. Considero este, o nosso maior desafio no momento: Descentralizar o partido do segmento, para que daqui a outros 30 meses, tenhamos uma realidade politica diferente.
A nossa pequena colaboração para isto, foi idealizarmos em consenso com toda a estadual a criação das CR10 - Coordenações Regionais do PRB nos moldes da FECAM - Federação Catarinense de Municípios que, divide os 293 municípios em 21 Associações, começando da Região da Grande Florianópolis até a Região do Extremo-Oeste do estado.
O objetivo das CR10, é o "fomento" politico da identidade do partido e do Projeto de Nação do PRB em todos os municípios catarinense, para que em um futuro próximo o PRB tenha base política para lançar candidaturas a deputados estaduais, deputados federais, senadores e prefeitos e vice-prefeitos por suas regiões.
A questão visionaria das CR10, coordenações regionais, busca, o possível voto em lista em 2014, onde teremos que obter o Quociente Eleitoral de 70.000 votos ou mais para eleger um deputado estadual e 120.000 votos ou mais para um eleger o deputado federal, ou seja, precisaremos de base eleitoral e muitos de nossos candidatos a vereadores, uma vez, eleitos por diferentes seguimentos da sociedade, poderão fazer parte do projeto de nação, cedendo seus nomes a nominata do PRB. O resultado virá a médio prazo, mas a base sólida é parte fundamental do processo.
Tenhamos como exemplo as eleições de 2006: Um ano após a fundação do PRB no estado, tínhamos em nossas bases 4 vereadores oriundos do antigo PL - Partido Liberal, sendo estes de 3 segmentos diferentes, e 2 deles de diferentes grupos políticos, e por imaturidade , lançamos candidaturas únicas a deputado federal e estadual, que resultou na eleição do estadual e a 1ª suplência de deputado federal, sendo ambos do mesmo grupo político segmentar.
Este fato nos revela que nos últimos anos de vida política do PRB em SC, determinados grupos políticos segmentares, indicaram candidaturas únicas nas eleições proporcionais municipais e estaduais, entretanto e infelizmente, em muitos casos, esses representantes têm carência de habilidade política, e sobretudo total falta de compromisso com os ideais do partido, de maneira que, em alguns casos, essas representatividades segmentar, quando eleita pela força do grupo que representa, e uma vez detentora do mandato, não se apresenta como liderança política partidária, que defenda os ideais do partido e a população em geral, mas sim o interesse exclusivo deste determinado grupo que o elegeu e seus projetos pessoais, passando a fazer oposição dentro do partido visando a sua unicamente a sua reeleição como representante do grupo segmentar. É o chamado "fogo amigo". Talvez falte a estes representantes, a habilidade, a responsabilidade e a maturidade política para se fazer entender dentro de seu segmento, que o mandato parlamentar é do partido, e por consequência, o mandato parlamentar é para servir e não para ser servido.
Nós pertencemos a um destes grupos segmentar por chamado vocacional, e temos orgulho disto, mas o "quadro que vimos pintado" ao chegarmos no estado, era a continuação da série "Jogos Mortais". Mesmo com todo o monitoramento do grupo segmentar detentor dos votos, o PRB era um partido de fachada no estado, infelizmente usado como moeda de troca para projetos pessoais.
Mas tínhamos missão de inserir o estado no "Projeto de Nação do PRB" idealizado pela Executiva Nacional e fomos ao trabalho. Baseados em informações segmentar lançamos 4 candidaturas a estadual, e uma a federal, dando neste ato, uma nítida demostração de visão partidária. Buscamos sobretudo, uma coligação, que possibilitasse a eleição dos candidatos proporcionais do PRB.
No fervor da pré-campanha, nossos cálculos indicava que precisaríamos de 65 a 70 mil votos para eleger o federal, entretanto a "dona urna" no mostrou uma realidade diferente da que planejamos, uma realidade com votação regionalizada. Das 105 comissões provisórias, 62 cidades, não entenderam o pensamento republicano brasileiro e o projeto de nação, uma vez que, foram omissas com a candidatura única do deputado federal, revelando um total descompromisso politico e partidário com a sigla. Fizemos 50% dos votos projetados, foram 35.556 votos e a 3ª suplência da coligação "A Favor de Santa Catarina".
Em 2010, para nós do PRB de Santa Catarina, que até então com os votos segmentados, não foi novidade o que os especialistas políticos creditaram como fato novo nas eleições. Falo da candidata evangélica Marina Silva como opção de voto útil, baseado no voto cristão: em defesa da vida e da família.
Penso que, o que houve foi uma "total desconsideração" do partido majoritário com o segmento evangélico, principalmente em Santa Catarina. Marina Silva, não sinalizou para o voto evangélico no inicio de sua campanha, preferiu focar na marca da sustentabilidade ambiental e na agenda do século 21. O candidato Serra (PSDB), no primeiro turno, não arriscaria defender abertamente uma posição do segmento evangélico, temendo ressuscitar a questão segmentar: Evangélicos X católicos, e com isso descer ainda mais nas pesquisas.
No segundo turno, a visão foi outra: Foi o famoso vale tudo. Os senadores evangélicos Marcelo Crivella (PRB/RJ), Magno Malta (PR/ES) e Walter Pinheiro (PT/BA) foram "convocados" para percorrerem o Brasil em visita as suas bases segmentar. A missão era desmentir os boatos publicados na internet sobre a então candidata Dilma. A coordenação da candidata (Dilma) em Santa Catarina, convocou o PRB e outros partidos com apoio do segmento evangélico para dar sustentabilidade de última hora, nesta questão. O que o fizemos sim e o faremos quantas vezes for necessário, mas por questão de "fio de bigode".
Não posso deixar de registrar aqui, o meu desconforto com a situação, uma vez que, penso que se tal medida tivesse sido realizada antes do 1º turno, certamente garantiria, senão a eleição dos nossos candidatos proporcionais, com certeza, uma votação mais expressiva, visto que, muitos de nossos votos segmentados foram para candidatos que apoiaram a Marina Silva para presidente e o Raimundo Colombo para governador, uma vez que ambos obtinham candidatos a deputados evangélicos em suas coligações.
Em suma, O PRB em 2010, sai das urnas com um resultado que expôs a realidade da sua militância no estado. A não reeleição do estadual e a 3ª suplência do federal, revelou que havia muito o que fazer, para que a médio e longo prazo Santa Catarina, chegue nos patamares de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e etc. Nos restou juntarmos os cacos e irmos a luta.
Com 34 Comissões Municipais, inicia-se, uma nova fase do PRB no estado. São estabelecidas metas e diretrizes que agregaram direitos, deveres e obrigações. Diversas lideranças de outros partidos, migraram para o PRB objetivando as eleições de 2012, selando o compromisso politico e partidário com a sigla.
O PRB consolidando o planejamento estabelecido pela Estadual de estar presente em 50 cidades, superou as expectativas, pois mesmo com o assédio de grandes partidos, e sobretudo do novo partido, registrou apenas 1 baixa previsível e está presente em 60 cidades, e em muitas delas terá candidaturas proporcionais e majoritárias.
Sinto-me honrado em ter servido a cada militante, a cada filiado do Partido Republicano Brasileiro no estado, coloco-me a disposição do partido como um bom soldado para combater o bom combate.
Sinto-me honrado em ter servido a cada militante, a cada filiado do Partido Republicano Brasileiro no estado, coloco-me a disposição do partido como um bom soldado para combater o bom combate.
Obrigado, vocês são 10.
Paulo Henrique - PH
Vice-Presidente Estadual
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