Número de legisladores vai subir de 16 para 23 em 2013.
Everton Palaoro @Palaoro_ND FLORIANÓPOLIS |
Divulgação
Plenário é o único espaço que tem previsão de adaptação
A Câmara de Vereadores tem uma dor de cabeça pela frente. A menos de quatro meses da posse, falta espaço para acomodar os sete novos legisladores. A partir de janeiro, o número de vagas passa dos atuais 16 para 23. Até agora, a única ação efetiva foi lançar licitação para readequar os móveis do plenário. Reformular o espaço, alugar outro imóvel e até adquirir edifício estão entre as opções.
O diretor financeiro da Câmara, José Luiz Coelho, foi incumbido de reorganizar a casa. Segundo ele, a tarefa é complicada já que as alterações não podem trazer despesas. “Estamos correndo contra o tempo. Ainda não sabemos se vamos reduzir os gabinetes ou alugar um imóvel. A Câmara tentou adquirir um edifício, mas tudo indica que não será a solução”, comentou. Profissionais que trabalham no prédio, defendem que os novos colegas sejam acomodados no mesmo local para facilitar os serviços.
Coelho disse que as alterações na legislação aumentaram o número de representantes, ao mesmo tempo reduziram o valor repassado pela prefeitura para manutenção do Legislativo de 6% para 5% ao ano. Além das 320 pessoas, que trabalham nos 5.600 metros quadrados do edifício, será necessário encontrar lugar para pelo menos outras 49: sete vereadores e 42 assessores.
Prédio foi comprado em 2004
A sede da Câmara ocupa dois lados da mesma esquina entre a rua dos Ilhéus e a Padre Miguelinho, no Centro de Florianópolis. O edifício de número 15, construído na década de 1970, tem 11 andares ocupados por diretores, assessores e parlamentares. Além disso, há outros três pavimentos, onde estão instalados o plenário, o plenarinho e a garagem.
O imóvel foi adquirido pelo Legislativo em 2004 por R$ 4,5 milhões, parcelado em 60 meses. A imponente fachada com jardim e painel de mosaico foi paga pela Prefeitura de Florianópolis. Além da falta de espaço, a estrutura tem problemas de infiltração no telhado. “O atual presidente [Jaime Tonello (PSD)] resolveu uma série de problemas como falta de equipamentos. Houve dificuldade porque ele não pode deixar dívidas para o próximo exercício”, justificou o diretor financeiro, José Luiz Coelho.
A garagem da Câmara tem número de vagas reduzido, comporta apenas seis automóveis. Fora isso, faltam lugares nos estacionamentos rotativos nas ruas do entorno.
Problemas novos e antigos acalentam uma discussão nos bastidores do Legislativo, a necessidade da construção de um novo prédio fora da região central. O diretor administrativo confirma os boatos. “É uma conversa que circula, mas que não avançou. O ideal seria construir um centro administrativo para a Câmara e para a prefeitura, mas para isso, presidente e prefeito precisam estar alinhados politicamente”, resumiu José Luiz Coelho.
Segundo ele, o prédio atual pode render entre R$ 15 milhões e R$ 19 milhões em uma eventual negociação.
Fonte: ND
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